Mostra de Teatro - Último dia

Acabo de chegar em casa e já começo a escrever.

Galera, fazer teatro é muito bom. Foram cerca de 40 dias de ensaio, estresse e tudo mais. Mas na hora em que subi no palco tudo isso passou, valeu a pena. Assim como me acontece em qualquer apresentação.

O dia em que eu subir no palco e não me der frio na barriga, tenho certeza que pararei de fazer teatro.

Foi muito bacana apresentar, foi bacana conhecer a galerinha da nova companhia de teatro, foi legal fazer parte desta nova companhia.

Explicando: Oficialmente eu sou da companhia "Os Amadores cia de Teatro", dirigida pelo Formiga, mas fui convidado, pela diretora, a fazer parte do elenco do grupo "Insanos Pela Cena" dirigido pela Meyre. Me perguntaram se continuarei com o Insanos. Sim, continuarei, mas isso não significa que abandonei Os Amadores, continuo fazendo teatro com o Formiga, na verdade a decisão é dele, se ele me chamar, eu tô disposto ;).

Voltando. Muito legal estar com o Insanos, espero que este tenha sido o primeiro de muitos outros trabalhos.

Não vou falar sobre a peça que apresentei, eu não a assisti, então não posso fazer minha crítica. Caso você tenha a assistido e quiser dar seus pitacos, fique à vontade para fazer sua crítica (pode descer o sarrafo). Mande-me por e-mail que a postarei aqui no blog.

A propósito, quero saber quem foi dizer pra diretora de cultura que eu dou meus pitacos aqui no blog?

Ela veio me procurar pedindo pra eu passar o endereço e tudo mais. Lá se vai o pouco prestígio que eu tinha com a secretaria de cultura de Toledo.

Mas vamos lá, eu assisti a peça "RelaCaos Humanas" (assim mesmo, sem cedilha e sem til, pelo menos assim foi lido pela diretora de cultura, mas no panfleto estava escrito "Relações") do grupo de teatro da PUC aqui de Toledo, dirigido por Alexandre Helfer.

A peça foi apresentada em várias mini-esquetes (esquete é uma pequena peça de teatro). Dessa forma, uma cena não era sequência da outra, ou seja, cada cena era uma cena independente (quanta redundância). A forma como as esquetes foram apresentadas foi bem planejada e variada, tornando fácil a compreensão por parte dos espectadores. As esquetes eram cômicas, com exceção de uma delas, que era similar à estória da "Lisbela e o Prisioneiro", e foi muito bem interpretada. A atuação do elenco foi boa. Falta técnica para boa parte dos atores, mas isso é compreensível visto que a maioria deles estavam pisando no palco pela primeira vez, como diria o próprio diretor da peça, estavam debutando. Gostei muito da "tirada" em uma das esquetes, o ator usou do bom humor e brincou com o "dialeto" da nossa região.

O que não gostei no espetáculo, foi a atuação do Alexandre (o diretor da peça). Por mais que ele se aventure em interpretar diversas personagens, a impressão que tenho é de que sua personagem não muda. Ele usa sempre a mesma voz, a mesma expressão corporal, vejo sempre a mesma característica em suas interpretações. Ele criou uma personagem que é engraçada, ele tem intimidade com a platéia e interpreta muito bem, sendo assim, é legal usá-la, mas não usá-la sempre. Isso dá a impressão de que o público está vendo sempre a mesma coisa.

Estava receoso de escrever o que acabaste de ler, mas é minha opinião, espero que seja bem interpretada. Até espero que o Alexandre leia isso e tente variar em suas atuações.

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