Cá estou pra contar como foi o terceiro dia da Mostra de Teatro. Escrevo-lhes esta postagem ainda emocionado.
[Pule toda parte que está escrita abaixo e vá pra parte onde há uma linha em branco separando o útil do inútil]
Fui ao teatro com o Luscas. Chegamos lá às 19:45, a peça estava marcada para as 20:00. Não tinha quase ninguém no teatro ainda, a platéia estava fechada. Aproveitamos para ver a exposição de capas de discos de vinil que tá lá no hall de entrada do teatro.
Fui ao teatro com o Luscas. Chegamos lá às 19:45, a peça estava marcada para as 20:00. Não tinha quase ninguém no teatro ainda, a platéia estava fechada. Aproveitamos para ver a exposição de capas de discos de vinil que tá lá no hall de entrada do teatro.
A platéia só abriu lá pelas 20:15. Ao entrar tivemos uma surpresa. As cadeiras do auditório estavam interditadas, e no proscênio (parte da frente do palco) estavam dispostas as cadeiras pelas quais nos acomodamos. As cadeiras dispostas ali no palco não acomodaram toda a platéia, então o balcão (parte de cima da platéia) foi aberto. Antes de começar a peça ficou passando uns clipes do ABBA cantando em espanhol. No palco tinha três palets/caixotes que serviram de palco e várias coisas escritas em giz, no palco e nos caixotes.
As palavras lá escritas instigaram a curiosidade da platéia. Conforme a peça ia acontecendo, as palavras iam fazendo sentido. A luz era muito simples, toda branca, sem nenhuma gelatina nos refletores (gelatina é como é chamado aquele plástico que dá tonalidades diferentes à luz), mas apesar de simples, foi bem elaborada, bem explorada. Usaram recurso de vídeo durante a peça, tinha um data-show. Nunca vi um espetáculo teatral que explorasse tão bem este recurso. Passaram alguns clipes. Os recursos de som também foram muito bons. Utilizaram-se de um rádio toca-fitas antigo, achei muito boa esta sacada deles. Ah, a trilha sonora... Muito boa também, no fim da peça fui até à coxia parabenizar o grupo, e também pedi à sonoplasta sobre a trilha sonora. Ela prometeu que amanhã estará disponível no blog do grupo.
[Agora vem a linha em branco que separa o útil do inútil]
O 3° dia da 3ª Mostra de Teatro de Toledo contou com a apresentação da peça "Com Amor" do grupo "Teatro de Breque" de Curitiba.
“Eu queria começar isto aqui contando uma estória simples. Com cenários e personagens simples.”
Uma das primeiras falas do personagem, ao se referir a outra estória dentro da estória, já estabelece do que se trata a peça.
Com Amor conta a estória simples de um homem e uma mulher separados espacialmente e donos de personalidades bastante divergentes. A narrativa então pretende criar um panorama que visite toda a vida deste jovem casal, desde o momento em que se conhecem na escola primária, passando por breves encontros e pela constante troca de correspondência, na busca pela realização de seus ideais românticos, porém sem concretizar suas expectativas de amor.
[Ctrl+C Ctrl+V do blog do grupo "Teatro de Breque"]
Boa parte da peça mostra o ensaio do velório de uma das personagens (não vou contar quem é, problema é seu se você não pôde assistir). A peça é um drama muito bem desenvolvido, até a segunda lei de Newton é postulada. Os atores interpretaram suas personagens de maneira magnífica, de forma a deixar boa parte da platéia emocionada. Os recursos técnicos foram muito bem utilizados, a peça foi muito boa de assistir.
Durante a trama lembrei de vários filmes: "P.S.: Eu Te Amo", "Os Sonhadores", "Amélie Poulain", dentre outros.
Durante a trama lembrei de vários filmes: "P.S.: Eu Te Amo", "Os Sonhadores", "Amélie Poulain", dentre outros.
Disse que boa parte da platéia se emocionou, não cheguei a ver ninguém chorando. Eu não chorei porque sou forte nesse quesito, mas me arrepiei várias vezes, a proximidade com que assisti as cenas e a emoção passada pelos atores também ajudou.
A parte mais triste do espetáculo não foi o enredo e sim o comportamento da platéia. Sinto-me envergonhado perante ao grupo. A platéia era formada por pessoas que foram lá pra assistir a peça e também alunos de algum colégio, que foram assistir a peça durante a aula, creio eu. O enredo da peça é dramático, e em várias oportunidades a galera ria das cenas. Deixaram o celular tocar durante a peça, ficavam fazendo brincadeiras, debochando da cena e do texto. Isso aconteceu principalmente no começo da peça, com o decorrer alguns foram percebendo que não se tratava de uma comédia e que o trabalho do grupo era sério demais pra galera debochar. Meus colegas de teatro que estavam na segunda fileira (atrás de mim) se irritaram muito com a situação, creio que, devido a isso, não aproveitaram ao máximo o espetáculo.
Mesmo com o deboche da platéia e os risos em momentos inadequados, os atores continuaram o espetáculo e mandaram muito bem.
Torço para que venham mais peças deste porte para Toledo, mas enquanto o público não aprender a assistir teatro, fica realmente difícil trazer obras assim pra cá.
Público como o de hoje deveria ter ido assistir à peça de ontem, que era propícia ao deboche. A de hoje era outro estilo. Realmente lastimável este comportamento.
Mas é isso aí galerinha, quinta feira espero vocês lá no teatro às 19 h. Eu entro logo na primeira cena hein. Levem ovos e tomates ;)
Fico muito triste por nao poder assistir esses espetaculos, que devem ser realmente magnificos!!
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