Cultura inútil da terça #25

Estamos de volta com a mais esperada série de postagens dessa joça deste blog. Semana passada não postei cultura inútil por que a aula começou. Sim, eu tinha começado a escrever a postagem lá na Unioeste, a aula estava para começar e então interrompi a postagem, não deu pra concluir em casa naquela mesma terça feira.

Então hoje teremos uma terça feira com dupla cultura inútil. Esta postagem é a equivalente a hoje, e a postagem logo abaixo desta é a equivalente à cultura inútil da semana passada (que ninguém sentiu falta).

Pois bem, amados leitores, me veio a cabeça de escrever sobre discos de vinil, já que passei o último domingão, juntamente com o Martin e outros amigos, ajudando a montar a exposição Long Play (LP) no hall do Teatro Municipal. Mas eu já abordei o assunto na cultura inútil, lembra?

O assunto abordado hoje será incomum para culturas inúteis.
Falarei sobre a banda O Teatro Mágico.


Ah Smith, isso não é cultura inútil!

Nesta sexta feira, como todos os cinco leitores deste blog já estão sabendo, acontecerá o show d'O Teatro Mágico em Cascavel. Então, nada melhor do que vocês conhecerem um pouco mais sobre esta banda antes de irem ao show ;)

O Teatro Mágico foi criado por Fernando Anitelli, ator, músico e compositor das canções do show. A equipe que o acompanha, foi formada em dezembro de 2003 por amigos e artistas que acreditaram no projeto. Trabalha sem apoio de gravadoras ou campanhas midiáticas, alegando-se independentes. Já participaram de eventos patrocinados pelo poder público, como o Governo Federal e a Prefeitura de São Paulo.

Possui dois álbuns de estúdio: Entrada para Raros e O Segundo Ato. Já está pronto o terceiro álbum: A Sociedade do Espetáculo, mas ainda não foi oficialmente  lançado.

A filosofia da trupe passa por construir sua participação na formação e diretriz do movimento Músicas Para Baixar(MPB) - comprometido com a defesa do livre compartilhamento de arquivos musicais via internet e flexibilização do direito autoral, que conta com adesão de artistas e músicos preocupados com a questão da censura na web.

Inspiradas nas obras de Hermann Hesse, escritor alemão ganhador do Prêmio Nobel de Literatura que apresentou o conceito de teatro mágico (eufemismo para uso de entorpecentes) em seu livro O Lobo da Estepe, as composições tratam dos personagens que as pessoas precisam assumir nas diversas situações do cotidiano (ouça Cidadão de Papelão). As canções vão sendo intercaladas pelo traçado tecnológico de ruídos telefônicos, sinais de rádio e mensagens de voz (Chanel n° 5, Eu Não Sou Chico Mas Quero Tentar, ah, a maioria lembra isso). Os integrantes da trupe se apresentam maquiados e vestidos de palhaço, que trazem a idéia do "personagem interno" escondido em cada um de nós.

Apesar de envolver várias expressões artísticas, a linguagem musical e cênica é popular e acessível para todo tipo de público, independente de idade e classe social. (ouça Zaluzejo).

Embalando todas as canções, destacam-se: violões, violino, guitarra, baixo, percussão, flauta, DJs, gaita, xilofone, bateria, bandolim e sonoplastia. São 10 músicos e 3 artistas circenses, e algumas participações esporádicas como a da percussionista Simone Soul (Funk Como Le Gusta) e de alguns músicos do grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado (Não, não é a novela das 6), que também participaram da gravação do primeiro CD.

O grupo já esteve duas vezes no programa Altas Horas, da rede Globo e já teve participação na novela Viver a Vida.

Também estiveram no Teatro Municipal de Toledo, dia  28 de março de 2009.

Para saber mais sobre a trupe e baixar as músicas, entre no site deles clicando aqui.