Na hora do lanche (Coca-Cola, Miliopan que o Formiga nos levou, e Cuca que a Belisa tinha na mochila) fomos dar uma olhada em como estava a exposição. Estávamos na sessão de capas de discos de músicas gauchescas. A Belisa resolveu ver a contra-capa do disco "Gaitaço" do Gaúcho da Fronteira.
Sei que está meio difícil de ler, não achei imagens boas no google, mas faixa 4 corresponde à música: "Herdeiro da Pampa Pobre", que até então, eu só conhecia a versão dos Engenheiros do Hawaii.
Na hora, eu e a Belisa discutimos, eu logo pensei que a composição era do Gaúcho da Fronteira e os Engenheiros tinham feito uma versão Rock da música (que ficou muito boa). Pois foi isso mesmo que aconteceu, logo que cheguei em casa fui averiguar isso tudo. Ouvi a versão do Gaúcho e a versão dos Engenheiros, claro que prefiro a versão Rock, apesar de gostar de músicas gauchescas, como Teixeirinha e Xirú Missioneiro.
A música foi lançada pelo Gaúcho da Fronteira em 1990 (ano que nasci), no álbum "Gaitaço", e em 1991, foi lançada pelos Engenheiros do Hawaii, no álbum "Várias Variáveis".
"Herdeiro da Pampa Pobre" foi também gravada por Osvaldir & Carlos Magrão.
A Seguir a letra da música e os vídeos com as versões lançadas pelo Gaúcho e pelos Engenheiros.
Mas que pampa é essa que eu recebo agora
Com a missão de cultivar raízes
Se dessa pampa que me fala a estória
Não me deixaram nem se quer matizes?
Passam as mãos da minha geração
Heranças feitas de fortunas rotas
Campos desertos que não geram pão
Onde a ganância anda de rédeas soltas
Se for preciso, eu volto a ser caudilho
Por essa pampa que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai
Herdei um campo onde o patrão é rei
Tendo poderes sobre o pão e as águas
Onde esquecidos vive o peão sem leis
De pés descalços cabresteando mágoas
O que hoje herdo da minha grei chirua
É um desafio que a minha idade afronta
Pois me deixaram com a guaiaca nua
Pra pagar uma porção de contas ...refrão
Eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai
Eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai
Interessante..
ResponderExcluirmas o que mais me chamou a atenção foi o fato da Belisa ter uma cuca na mochila!!!!
que menina prevenida!!!
hauhauhauhshuasuhsuhsauhss
Pois eh ne Líbera, esse é o fato mais impressionante da historia!
ResponderExcluirE eu ja tinha escutado a música em versão gauchesca, na verdd talvez tenha escutado primeiro a versão gauchesca mesmo!! Mas quero ver oque vocês arrumaram na exposição!!
Ué Diandro???? tudo depende do ponto de vista!!
ResponderExcluireu estou lendo essa postagem no meu horario de almoço e antes de almoçar!!
O segundo parágrafo me chamou mais atenção!!
=p
Esta música tem forte influência do movimento Tropicalismo, que utiliza a música como forma de protesto ou desabafo.
ResponderExcluirAssim como Alegria Alegria de Caetano Veloso:
Caminhando contra o vento...
...O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
e por aí vai...
O Fato de a Belisa ter uma cuca na mochila é o mais bizarro desta postagem.
ResponderExcluirAh, a letra da música lembra bastante o movimento Tropicalismo, porém, em diferente época e com diferente abordagem.
Ontem, quando estava pesquisando imagens pra por nesta postagem, acabei encontrando uma entrevista com baterista dos Engenheiros do Hawaii na época em que o Várias Variáveis foi lançado. Muito interessante a explicação das composições e tals. A bola da vez nos protestos era a imprensa, o pop, a mediocridade da música, etc.
Vou passar o link aqui mesmo, daí tem que copiar no navegador porque não tem como pôr hiperlink nos comentários (se tem como, eu não sei).
http://postoqueposto.blogspot.com/2010/03/areia-na-engrenagem.html