Cultura inútil da terça #18

Mais uma terça feira, mais uma cultura inútil.

O tema da semana está relacionado com o mês em que estamos, ou seja, com o mês de junho.

O que tem de melhor no mês de junho?

Isso mesmo, festas Juninas.

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira versão explica que surgiu em função das festividades que ocorrem durante o mês de junho (não, tem esse nome porque acontece em abril ¬¬). Outra versão diz que esta festa tem origem em países católicos da Europa e seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial.

Nesta época, havia grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. 

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas. 

Comidas típicas 

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. 

Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, cri-cri, bolo de amendoim, paçoca, pé-de-moleque, pinhão, cocada, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais. 

Tradições

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes: pescaria, cadeia, pau-de-sebo, boca-de-palhaço, rabo-de-cavalo, dentre outras. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

Esse negócio de se vestir de caipira só acontece no Sul e Sudeste brasileiro, além de Goiás, no Nordeste a festa junina é bem diferente, não tem as brincadeiras, ou seja, a parte divertida da festa. ^^

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